Introdução












Um dos maiores desafios dos professores de Biologia ao lecionar no ensino médio, está na adequação de recursos didáticos alternativos ao processo de ensino, de modo que facilite a mediação e a compreensão do conteúdo abordado. A ausência de recursos didáticos e dificuldades em elaborar estratégias de baixo custo para aprimorar o ensino em Biologia é uma problemática a se pensar e se resolver (LIMA, 2017).
As discussões mais difundidas quando o assunto é o ensino de Biologia diz respeito à escolha dos métodos didáticos empregados para abordar os assuntos que envolvem a disciplina. Dentre as metodologias possíveis de ser empregada, a aula expositiva teórica aparece entre as metodologias mais utilizadas durante o processo de ensino e aprendizagem em Biologia.  Sua escolha é justificada pela facilidade de aplicação, já que para aulas práticas e outros métodos alternativos exigem recursos e tempo (SILVA et al., 2011). Dentro deste contexto, observa-se a grande necessidade da elaboração de novas estratégias de ensino em Biologia que seja de baixo custo, já que o modo de ensino tradicional, palestrada, está ultrapassado (CARVALHO, 2018).
              As instituições de ensino estão passando por um momento onde há a real necessidade do planejamento de novos métodos pedagógicos, com custo mais acessível e de modo que se aperfeiçoe o ensino e a aprendizagem, motivando professores e participantes a buscarem pela eficiência nos estudos (MITRE, 2008). 
Diante das discussões sobre o modelo de ensino praticado por diversas instituições, outros assuntos voltados a essa temática também foram levados em consideração, como, as estratégias de ensino empregadas, parte extremamente relevante no processo de ensino-aprendizagem, pois, para que este ocorra de forma eficaz, às metodologias de ensino devem ser muito bem ajustadas (GIOVANELLA, 2007).
É da responsabilidade dos docentes proporcionar aos seus discentes experiências de aprendizagem eficazes, combatendo as dificuldades mais comuns e atualizando, tanto quanto possível, os instrumentos pedagógicos que utilizam (FIOLHAIS & TRINDADE, 2003). A função do professor é propiciar aos discentes a construção de aprendizagens significativas. A maneira como são propostas as situações de ensino e aprendizagem são decisivas para que a aprendizagem significativa se concretize (GIOVANELLA, 2007).
As mudanças e transformações dos agentes tornam a transmissão de conhecimento um processo bastante dinâmico, que requer acompanhamento permanente e a busca também permanente de novas práticas, que visem a quebra de paradigmas (BARBOSA; MOURA, 2013).
Além de se obter ferramentas eficazes de ensino para sucesso na aprendizagem, ainda há a necessidade de educar dentro das bases científicas, uma vez que têm sido gerados surpreendentemente novos conhecimentos, surgindo assim, uma realidade que influencia diretamente a educação tradicional colocando-a em situação dramática. Para que um país se desenvolva de forma harmoniosa, seja sustentável e esteja dentro de um mundo globalizado, sua população deve ter um nível de alfabetização científica, consideravelmente bom (ROCHA. SOARES, 2005).
Uma prática pedagógica alternativa ao ensino tradicional que tem ganhado destaque no meio educacional é a metodologia ativa. Ao invés do ensino baseado na transmissão de informação, onde o professor atua como protagonista, na metodologia ativa, o participante adota uma postura mais ativa, participativa, na qual ele elabora solução para problemáticas, cria e desenvolve projetos e, com isso, se forma a possibilidade da criação e não apenas a reprodução do conhecimento (VALENTE, 2017; SCHNEIDER, 2013). Dentro da metodologia ativa, não cabe ao professor, a transmissão de falas prontas e conceituais e sim, a organização e mediação de atividades previamente organizadas e sequenciadas que partam de problemáticas que os alunos devem resolver, individualmente ou em grupos (SUHR, 2016; SANTIAGO; CARVALHO, 2018).
Outro fator relevante que pode contribuir de forma efetiva para a elaboração de estratégias de ensino é o avanço das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), as quais têm transformado algumas metodologias de ensino e aprendizagem. O TIC possibilita a professores e alunos a oportunidade de estabelecer contato com diferenciadas mídias, aprimorando a compreensão das informações, permitindo assim, o desenvolvimento de uma nova metodologia de ensino-aprendizagem (ASSIS, 2015). 
Outro modo de melhorar a qualidade do ensino, às vezes com custos mais baixos, é o experimento de caráter demonstrativo, onde as verdades já comprovadas cientificamente são demonstradas, melhorando a mediação do conhecimento (POSSOBOM; OKADA; DINIZ, 2003; LIMA; GARCIA, 2011). As aulas práticas são fundamentais e essenciais para demonstração desses aspectos, pois além de chamar a atenção dos participantes, os assuntos tornam-se mais visíveis e palpáveis.
A relevância deste blog está na elaboração de ferramentas que contribuirão com a eficiência do processo de ensino e aprendizagem, através de estratégias de baixo custo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIMA, R. M. de. Utilização de modelos didáticos de artrópodes como ferramenta de aprendizagem no ensino de ciências e biologia. 2017.

MITRE, S. M. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & saúde coletiva, v. 13, p. 2133-2144, 2008.

SILVA, A. Da aula convencional para a aula invertida–ferramentas digitais para a aula de hoje. Revista @rquivo Brasileiro de Educação, v.3, n. 6, 2015, P. 16-66, 2015.

CARVALHO, F.F., CHING,Y. (Organizadores) Práticas de Ensino-Aprendizagem no Ensino Superior: Experiências em sala de aula. 1º. Ed. Rio de Janeiro. Altos Books, 2016. p. 163-208.

FILHOAIS, C.; TRINDADE, J. Física no Computador: O Computador como uma Ferramenta no Ensino e na Aprendizagem das Ciências Físicas. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 25, n. 3, 2003.

GIOVANELLA, M. C. M. N. A Diversidade em Sala de Aula. Curitiba 2007. Disponível em: Acesso em: 13 dez 2017.

BARBOSA, E. F.; MOURA, D. G. Metodologias ativas na aprendizagem de educação profissional e tenológica. Boletim Técnico do SENAC, v. 39, n. 2, p. 48-67, 2013.

ROCHA, J. B. T.; SOARES, F. A. O ensino de ciências para além do muro do construtivismo. Ciência e cultura, v. 57, n. 4, p. 26-27, 2005.

VALENTE, J. A. A sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora: Uma Abordagem Teórico-Prática. Porto Alegre: Penso Editora, 2017.

SANTIAGO, S. A.; CARVALHO, H. F. Estratégia de ensino: Aprenda em sala de aula. Revista de Ensino de Bioquímica, v. 16, n. 1, p. 51-73, 2018.

ASSIS, L. M. E. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, v. 29, n. 51, p.428-434, 2015.

DE LIMA, D. B.; GARCIA, R. N. Uma investigação sobre a importância das aulas práticas de Biologia no Ensino Médio. Cadernos de Aplicação, v. 24, n. 1, 2011.

POSSOBOM, C. C. F.; OKADA, F. K.; DINIZ, R. E. S. Atividades práticas de laboratório no ensino de biologia e de ciências: relato de uma experiência. Núcleos de ensino. São Paulo: Unesp, Pró-reitora de Graduação, p. 113-123, 2003.


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